Sirlene Gonçalves Graciano e Lidiane da Silva acordaram bem cedo ontem. Saíram do Tatuquara e foram até o Alto da Glória para participar da seleção para vagas de trabalho temporário como promotoras de vendas na época da Páscoa. Esta é a segunda data com mais procura por trabalhadores temporários, que atuam em diversas frentes em um dos períodos mais rentáveis para o comércio. Somente numa agência de recrutamento, ontem, cerca de mil pessoas procuraram uma vaga para promotor de venda na Páscoa. “Já trabalhei com campanha de Páscoa. Por ser temporário, tenho mais tempo para os filhos”, explica Sirlene. “Estou aproveitando um tempo a mais que tenho para obter renda extra”, conta Lidiane.
Os motivos para a procura pelo trabalho temporário são vários. Alguns até optam em conciliar com a profissão exercida diariamente, na tentativa de conseguir salário a mais e ajudar no pagamento das despesas. “É a primeira vez que me candidato a uma vaga. Trabalho normalmente e vou tentar conciliar”, comenta a manicure Dayane Fátima Ramos. Em média, os contratos temporários para a Páscoa duram 30 dias.
Vagas
Na seleção de ontem, na agência Pró Eventos, a procura foi intensa. Filas se formaram ao longo do dia na frente da empresa. A seleção é para 600 vagas em Curitiba e região. O selecionado pode ganhar R$ 1,2 mil, entre salário e benefícios, por um mês de trabalho. “A pessoa interessada precisa ser comunicativa e ter força de vontade. Pode haver oportunidade de contratação efetiva, mas não necessariamente pela empresa para a qual está trabalhando hoje. O trabalho temporário serve como vitrine”, ressalta Fabrício Macedo, diretor da Pró Eventos. A empresa também estava selecionando 400 pessoas no interior para trabalhar na Páscoa.
Contratações só aumentam
Em todo o País, 70,8 mil pessoas foram contratadas, no ano passado, como temporárias na Páscoa. Existem duas fases de contratação para dar conta da demanda. A primeira é pela indústria, que precisa fabricar ovos de páscoa. E depois vem a parte de vendas diretas das indústrias e a do comércio, que precisa reforçar a quantidade de funcionários para atender os clientes. “O número de contratações na Páscoa vem crescendo a cada ano e superou até o Dia das Mães”, revela Jismália de Oliveira Alves, presidente da Associação Brasileira das Empresas de Serviços Terceirizáveis e de Trabalho Temporário (Asserttem).